domingo, 19 de maio de 2013


Depois de sofrer denúncias de desvio de dinheiro, tentar impedir veiculação de matéria na Rede Globo por meio de liminar e impetrar cinco ações na justiça contra o Câmara em Pauta, presidente do SindSaúde agora entra com ação contra ex-funcionário em quem deu calote nas rescisões trabalhistas. 

Após uma clara demonstração de incapacidade de gerir os recursos financeiros dos servidores da saúde do Distrito Federal, sindicalizados do SindSaúde-DF, Marli Rodrigues, ex-tesoureira do Sindicato (2009 à fev/13) e atual presidente da entidade, resolveu cumprir suas promessas de processar os ex-funcionários demitidos em fevereiro.
O caso ocorreu após Marli demitir cerca de 46 funcionários do SindSaúde entre fevereiro e abril de 2013, não pagar as verbas rescisórias, nem tão pouco dar baixa nas carteiras de Trabalho e Previdência Social (CPTS) dos trabalhadores, impedindo-os de receber sequer o auxílio do governo, o Seguro Desemprego.
Os trabalhadores demitidos se uniram e descobriram que Marli Rodrigues estava envolvida em fortes indícios de práticas totalmente ilegais, a transferências de repasses feitos pela Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para as contas bancárias do SindSaúde. Os recursos, cerca de R$ 1 milhão, transferidos pela SES são relativos à contribuição mensal dos sindicalizados que tão logo caía na conta bancária do Sindicato, era transferido para alguns diretores, funcionários de confiança e até parentes de Marli, para impedir que o Sindicato sofresse bloqueio na justiça por conta de ações trabalhistas e civis.
De posse dessas informações os ex-funcionários ofereceram denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e a 5ª Delegacia de Polícia Civil. O caso foi publicado e repercutido por diversos órgãos de imprensa como o Câmara em PautaQuid NoviClaudio HumbertoBlog do DonnyAlô Brasília, Rádio BandNews,  e pela Rede Globo de Televisão, no telejornal DFTV 2ª Edição. Vale observar que como deu entrevista a Globo, Rodrigues tentou impedir que a matéria fosse veiculada por meio de liminar na justiça.
Na entrevista à Globo, Marli negou conhecer os desvios de recursos em que a própria filha, Luiza Rodrigues Valle recebeu cerca R$ 490 mil e ainda negou que, Hemerson Varlly, companheiro de Luiza Rodrigues e funcionário do Sindicato, fosse seu genro, isso porque recebeu mais de R$ 1 milhão na conta pessoal, nos períodos compreendidos entre 2009/2012.
Com a péssima repercussão das matérias Marli tentou desqualificar as denúncias ao dizer que os funcionários demitidos mentiram e até forjaram os documentos apresentados ao MPT e a Policia e ameaçou processá-los.
Por não poder levar a frente tal ameaça e não ter como provar que as denúncias eram infundadas, a presidente do Sindicato agora aplica aos ex-funcionários a mesma tática utilizada com aqueles que ousam denunciar as arbitrariedades, a exemplo dos cinco processos movidos pela família Marli, Luiza e Hemerson, além de Vander Borges, Secretário Geral do SindSaúde, contra o Câmera em Pauta, com ações totalmente desconexas que podem reverter em mais gastos para o Sindicato.
Como se não bastasse o calote dado aos trabalhadores demitidos por não pagar as rescisões trabalhistas, Marli e Vander entraram com ação na justiça, processo 2013.01.1.068653-9, distribuído na quinta Vara Civil de Brasília do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), no último dia 17, contra este articulista, ex-funcionário do SindSaúde-DF, um dos denunciantes do desvio de recursos praticados por Rodrigues, por uso indevido de imagem, cobrando uma bagatela de R$ 200 mil.
É de se lamentar que a sra. Marli, seja por falta de discernimento político seja por falta de capacidade administrativa, colocou o Sindicato em situação tão delicada com suas investidas totalmente desconexas. Além de expor e aumentar a depredação do patrimônio da Entidade, de jogar na latrina recursos que deveriam ser utilizados para obter melhorias para a os servidores da saúde, o casal, Marli e Vander, joga por terra o que ainda resta de uma história construída ao longo de 30 anos e que transformou o SindSaúde entre as maiores entidades sindicais do DF.

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